Médico é acusado de agredir ex-namoradas e funcionários de prédio

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Bruno D´Ângelo Cozzolino é acusado de espancar, ameaçar e perseguir ex-namoradas; Polícia Civil informa que há dois inquéritos em andamento contra ele

A Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo (MPSP) investigam o médico Bruno D´Ângelo Cozzolino por perseguir, ameaçar e agredir ex-namoradas. Ele também é acusado de agredir funcionários dos prédios em que mora e em que trabalha nos Jardins, bairro nobre de São Paulo.

Matéria veiculada pelo Fantástico, da TV Globo, nesse domingo (27/8), apontou que há vários boletins de ocorrência de agressões registrados contra ele. A Secretaria de Segurança Pública (SSP), no entanto, informou que no momento só há dois inquéritos em andamento.

Em um dos casos mais recentes, no último dia 7, imagens de segurança do condomínio em que ele mora mostraram o médico discutindo e agredindo o zelador, que teria pedido a ele que ajustasse seus carros às vagas da garagem. No dia seguinte, ele foi à delegacia e afirmou ter sido vítima do zelador.

Segundo a reportagem, dias depois, ao ser questionado pelo síndico sobre o episódio, investiu também contra ele e quebrou o portão da garagem. Em seguida, voltou a agredir um segurança do prédio. Tudo foi registrado pelo sistema de câmeras.

No mesmo dia em que brigou com o síndico, Bruno apareceu em imagens do edifício em que uma ex-namorada trabalha. Ela já havia denunciado ter sido agredida por ele.

Chutes e socos

O médico, de acordo com a reportagem, foi preso duas vezes por agressão contra mulheres: uma em 2012 e outra em 2021, por descumprimento de medida protetiva. No último caso, a ex-namorada disse ter sido alvo de chutes, socos e empurrões.

Na época, a defesa de Bruno apresentou um laudo psiquiátrico atestando que ele tem transtorno de humor bipolar, ansiedade e transtorno obsessivo compulsivo grave. Os advogados também alegaram que ele havia abandonado o tratamento. A prisão foi revogada para que o médico passasse por uma perícia médica, mas o caso acabou arquivado.

De acordo com outras denúncias, em 2019 o médico se dirigiu a um funcionário do condomínio em que os pais moram com ofensas racistas: “Lugar de macaco é no zoológico”. Ele teve que pagar ao homem uma indenização de R$ 5 mil.

Nas redes sociais, Bruno ostenta viagens internacionais, fala sobre cuidados com saúde e bem-estar e sobre suas especialidades médicas, como medicina do esporte, nutrologia e dermatologia.

Dois inquéritos

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que há dois inquéritos policiais em andamento contra Bruno: um na 2ª Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) Sul e outro no 15° Distrito Policial (Itaim Bibi).

O primeiro caso, segundo a SSP, refere-se a um caso de violência doméstica, perseguição, ameaça e lesão corporal. A vítima teve medida protetiva concedida. A oitiva do autor já foi agendada.

No segundo caso, registrado como injúria, calúnia e ameaça, as três vítimas, duas mulheres e um homem, fizeram representação criminal. O Ministério Público solicitou o envio do inquérito ao Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância (GEGRADI) do órgão. O médico foi intimado a depor.

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