Pressão Aumenta sobre Juscelino Filho após Denúncia da PGR e Sinalização de Lula sobre Permanência no Cargo

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Brasília – A situação do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, no governo federal tornou-se politicamente mais delicada após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar uma denúncia formal contra ele ao Supremo Tribunal Federal (STF). A iniciativa da PGR ativa um critério que, segundo informações de bastidores [ou “segundo a coluna Radar”], já havia sido definido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a permanência de ministros que estejam sob investigação.

Conforme relatos anteriores [ou “conforme publicado pela Veja”], Lula teria indicado, em conversas reservadas, que Juscelino Filho precisaria “mudar de posição” – um eufemismo geralmente entendido como saída do cargo – caso viesse a ser formalmente denunciado pela PGR. Essa linha de corte teria sido estabelecida como parâmetro para avaliar a viabilidade política de auxiliares alvos de acusações criminais.

No momento em que essa sinalização foi feita, Juscelino ainda era apenas investigado. Agora, o quadro se transformou: a denúncia foi oficializada na semana passada, atribuindo ao ministro crimes como corrupção e lavagem de dinheiro, relacionados ao uso de emendas parlamentares quando ainda ocupava o cargo de deputado federal.

Embora a denúncia ainda precise ser aceita pelo STF para que Juscelino se torne réu, o fato de a PGR ter avançado formalmente cumpre a condição que, segundo os bastidores, havia sido imposta por Lula. Isso aumenta a pressão tanto sobre o ministro quanto sobre o próprio presidente, que agora se vê diante do dilema de manter sua palavra ou aguardar os desdobramentos na Suprema Corte.

A defesa de Juscelino Filho nega qualquer irregularidade e já apresentou sua contestação ao STF. Oficialmente, o Palácio do Planalto ainda não se pronunciou sobre o futuro do ministro, mas a declaração anterior de Lula, agora reforçada pela denúncia, intensifica as especulações sobre uma possível reforma ministerial ou, no mínimo, um desgaste significativo para o titular da pasta das Comunicações.