A onda de violência já registra mais de 300 ações criminosas orquestradas por uma facção em, pelo menos, 56 cidades potiguares
Queima de veículos, explosões, investidas contra prédios públicos e privados, ataques a postos de combustíveis e a bases da Polícia Militar. O cenário no Rio Grande do Norte é de caos há 10 dias. Já são mais de 300 ações criminosas orquestradas por uma facção em, pelo menos, 56 cidades potiguares.
Em meio à onda de violência, cearenses que moram no estado vizinho relatam apreensões e incertezas. Diante das restrições de circulação nas ruas, muitos tiveram que retornar, sem prazo determinado, à rotina vivenciada recentemente devido à pandemia: a execução de atividades de modo completamente remoto.
A Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte, na quarta-feira (22), afirmou que os ataques estão recuando. No 8º dia seguido de atentados, incêndios a ônibus e carros ocorreram na Região Metropolitana de Natal, em cidades como Canguaretama e Caraúbas.
Segundo o Governo do Estado, a Polícia Militar e a Força Nacional já prendeu 168 suspeitos de envolvimento nos ataques e apreendeu 42 armas de fogo, 139 artefatos explosivos e 31 galões de combustível.
Conforme o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), as motivações dos ataques estão ligadas à insatisfação dos detentos com a ausência de ações de benefícios, inclusive visitas íntimas – iniciativas que não estão previstas na Lei de Execuções Penais.
ROTINA ALTERADA E ‘RECOLHIMENTO’
“O comprometimento já está recuando e estamos começando a voltar pouco a pouco ao estado anterior. Mas, na semana passada estava em estado de sítio. Tudo parado”, relata o jornalista Higo Lima, que nasceu em Russas, no Ceará, e há 12 anos mora em Mossoró.
A cidade potiguar é a segunda maior do Rio Grande do Norte e no município um galpão de reciclagem, uma base desativada da polícia, um escritório da companhia de água e esgoto e veículos particulares foram alvos de ataques.
Com localização estratégica entre Natal e Fortaleza, Mossoró também viu as várias universidades sediadas no município paralisarem completamente durante os últimos dias.

“Como Mossoró é uma cidade polo, os alunos vêm de ônibus de outras cidades. E logo no começo, as cidades disseram que não iam mandar ônibus para cá. Logo, veio uma portaria suspendendo as aulas”, conta Higo Lima, que é funcionário da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa).

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