PF prende em SP e no DF onze suspeitos de crimes cibernéticos contra o INSS no PI

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Operação que investiga grupo criminoso que instalou dispositivos eletrônicos para ter acesso a dados de segurados estão sendo cumpridos mandados também no Rio de Janeiro e no Ceará.

Onze pessoas suspeitas de crimes cibernéticos contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foram presas pela Polícia Federal (PF) em São Paulo e no Distrito Federal, até às 11h desta quinta-feira (6), durante a Operação Upgrade, que visa o cumprimento de 46 mandados judiciais, sendo 24 mandados de busca e apreensão e 22 de prisão temporária.

As ordens foram expedidas pelo juízo da 1ª Vara Federal de Teresina, mas estão sendo cumpridas em onze cidades de outros estados: São Paulo, Jardinópolis, Suzano, São Caetano do Sul, Diadema, Praia Grande, São Roque e São Sebastião, no estado de São Paulo, Fortaleza, no Ceará, em Brasília (DF) e Itaguaí, no Rio de Janeiro.

Das prisões, nove foram realizadas em São Paulo e duas no DF. A operação é um desdobramento de outras operações, Chupa-cabra e Backup, deflagradas este ano na capital piauiense e em São Paulo (SP).

Segundo a PF, a investigação teve início com a localização de dispositivos não homologados instalados fisicamente na rede local de pelo menos duas agências do INSS em Teresina. Esses dispositivos permitiam que os criminosos tivessem acesso a dados de segurados.

A investigação identificou uma empresa de fachada utilizada pelos hackers e demais membros da organização como base para a prática das fraudes cibernéticas previdenciárias e demais crimes, na capital paulista.

Conforme a PF, os criminosos inseriam o dispositivo eletrônico “chupa-cabra” na rede interna do INSS e, de posse dos dados e sistemas, reativava benefícios cessados.

Desta forma, o grupo gerava pagamentos de valores elevados retroativos destinados para conta bancária diferente da do verdadeiro titular do benefício.

A PF constatou ainda que o grupo seria responsável por uma série de invasões a sistemas em diversos estados, vazamentos de senhas de servidores do INSS e reativações indevidas dos benefícios.

A polícia afirmou que prejuízo causado por esse grupo ainda não pode ser quantificado, mas que o INSS identificou que essas fraudes causaram um dano milionário ao governo.

Os suspeitos poderão responder pelos crimes de organização criminosa, furto eletrônico, invasão de dispositivo informático e lavagem de bens e valores. As penas máximas para esses crimes, somadas, alcançam 30 anos de reclusão.

O nome da operação, Upgrade, deriva de um termo utilizado no mundo cibernético relacionado à evolução nos sistemas ou dispositivos, uma referência à evolução da investigação em identificar a base dos hackers responsáveis pela criação de equipamentos clandestinos e ataques aos sistemas do INSS.

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