Mulher de 43 anos tem gêmeos em Salvador e um dos bebês nasce empelicado
Jaqueline Oliveira tentou engravidar por 14 anos e teve meninos após inseminação artificial. Processo acontece naturalmente, mas não é comum.
Com 3,5 kg, Bernardo Oliveira Ribeiro chegou ao mundo através de um parto raro no Hospital Português, em Salvador. Empelicado, o bebê que é gêmeo deixou a equipe médica e a fotógrafa maravilhada com o acontecimento atípico no mundo da obstetrícia. [Veja acima o vídeo do nascimento]
Bebê empelicado: entenda fenômeno raro em que criança nasce envolvida por bolsa amniótica
Bernardo e Rafael nasceram em 1º de maio. Os bebês são filhos da administradora Jaqueline Melo Oliveira, de 43 anos, que mora no bairro de Stella Maris, na capital baiana. Ela não conseguiu ver o parto por causa do tecido colocado pela equipe médica, mas ficou encantada com as imagens do nascimento feitas pela fotógrafa Renata Casali.
“É incrível né? Perfeito. Parece um boneco saindo de uma bolha. Eu sempre via nas redes sociais de outras pessoas, mas nunca imaginei que aconteceria com o meu”, contou Jaqueline Oliveira.
Jaqueline Oliveira sempre sonhou ser mãe. Tentou engravidar por 14 anos até a chegada de Rafael e Bernardo, frutos de inseminação artificial.
“Fiquei 14 anos tentando engravidar, fizemos fertilização e vieram gêmeos. Sempre foi um sonho ser mãe, imaginem como estou realizada e Deus me concedeu a gestação dupla ainda”, contou a mamãe dos bebês.
Rafael nasceu nasceu com 2,255 kg e 49 cm. Já Bernardo veio ao mundo com 3,5 kg e 45 cm. O parto foi feito pelo obstetra José Carlos Jesus Gaspar.
O especialista explicou que Bernardo ficou ligado a placenta pelo cordão umbilical. Depois que a bolsa foi rompida, ele teve o contato pele a pele com a mãe.
“É um processo que acontece naturalmente, mas não é comum”
“É muito belo, foi fotografado e a imagem ficou muito linda, porque é a imagem que, para nós, configura o estado em que o bebê se encontrava dentro do útero materno”, disse o obstetra.
Segundo José Carlos Gaspar, o parto de um bebê empelicado não traz maleficio algum nem para mãe e nem para o filho.
“Enquanto ele estava dentro da bolsa, isso significa que ele estava no ambiente que passou nos últimos nove meses. Não há uma mudança brusca do processo do nascimento”.
A bolsa, de acordo com o obstetra, pode ser rompida com um uso de uma pinça fina ou em alguns casos espontaneamente.
“Imagine uma bexiga cheio de água e você vem com uma pinça fininha e toca na bolsa, aí ela abre? Ela também pode romper”, explicou.
A fotógrafa Renata Casali, responsável pelo registro, é especialista em fotos de partos na capital baiana. Ela trabalha com a missão de materializar o nascimento do bebê para sempre na vida dos pais há nove anos.
“Esses partos empelicados são mais raros de acontecer. Eu já fotografei outros, mas esse de Bernardo a foto ficou muito bonita, bem destacado dentro da bolsa”, contou.
Primeiro a profissional registou a vinda ao mundo do Rafael e depois ouviu a orientação surpresa do obstetra.
“O médico falou: ‘Vai sair empelicado, se posicione’. É um procedimento cirúrgico, então é tudo inesperado”.
Com isso, a fotógrafa viu o lado que o bebê ia sair da barriga da mãe, se reposicionou e fez a imagem.
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